WallJobs entrevista: Cleide Oliveira, diretora de RH do Walmart Brasil

Cleide Oliveira é diretora de Recursos Humanos do Walmart. Em um bate-papo informal com o WallJobs, Cleide contou um pouco sobre a sua trajetória profissional, como chegou a ser diretora de RH de umas das maiores empresas do mundo e compartilhou algumas dicas de profissão. Confira abaixo:

WallJobs: Como você chegou a Diretoria de RH?

Cleide Oliveira: São 16 anos de Walmart. Entrei na área de treinamento (sou professora de formação), porém sempre fui para áreas que me dessem uma visão maior do negócio, passando por praticamente todas as áreas de dentro do departamento de RH da empresa. Sempre gostei muito de pessoas e o Walmart sempre proporcionou para os funcionários essa possibilidade de experimentação, de ir além da zona de conforto.

Procurei montar uma equipe de pessoas com experiências profissionais diversas, além das competências necessárias para ser um time de alta performance, proporcionando um crescimento mútuo.

WJ: Qual a sua dica para fazer networking e o quanto isso foi importante para você?

CO: Buscar fóruns, workshops e eventos voltados aos profissionais de RH para aprimorar os relacionamentos com stakeholders que se destacam no mercado, proporcionando a troca de experiências, a expansão do conhecimento e oportunidades de estreitar contatos.

 

WJ: Qual a sua dica para fazer networking e o quanto isso foi importante para você?
CO: Buscar fóruns, workshops e eventos voltados aos profissionais de RH para aprimorar os relacionamentos com stakeholders que se destacam no mercado, proporcionando a troca de experiências, a expansão do conhecimento e oportunidades de estreitar contatos.

WJ: Como você lida com turnover do Walmart no Brasil e como vocês fazem para diminuí-lo?

CO: De algum tempo para cá, conseguimos diminuir bastante o turnover do Walmart Brasil. No entanto, é cada vez mais comum permanecer menos tempo nas empresas. Atualmente, um jovem tem de 5 a 8 experiências profissionais na carreira, como mostram alguns estudos.

No escritório, as pessoas ficam um pouco mais. Ainda assim, na loja mesmo, o turnover está abaixo de 8%, porém é importante ver também esse dado por região. Por exemplo, no Nordeste, existem famílias que trabalham na nossa organização há mais de 40 anos. Em comparação, já na região Sul, o desafio é bem maior.

WJ: Considerando o Walmart um dos maiores empregadores do Brasil e do mundo, como você consegue passar a mesma cultura para tantos colaboradores?

CO: Sempre nos esforçamos para manter nosso discurso coerente com a prática. A nossa comunicação interna e os eventos voltados para os associados, como chamamos os funcionários do Walmart, estão a serviço do reforço da nossa cultura.

WJ: O RH estratégico é uma realidade ou uma falácia?

CO: O RH é estratégico quando ele se comporta como um agente de transformação, de mudança no ambiente onde ele está inserido. E é uma falácia quando é uma área de execução de processos e políticas voltadas para a gestão de pessoas.

WJ: Qual a sua opinião sobre os processos de recrutamento de jovens no Brasil?

CO: Acredito que ainda há um espaço para aprimoramento, principalmente nas posições operacionais. Muitas organizações seguem o modelo tradicional, ainda fazem muito do mesmo. É importante migrar para uma solução de recrutamento digital, principalmente com tantas ferramentas disponíveis no mercado, que trazem agilidade aos processos, maior eficiência, bem como redução de custos. Com isso, é possível atrair mais em muito menos tempo.

WJ: O que é importante para você ao contratar alguma pessoa?

CO: A primeira característica, e talvez a mais importante, é a aderência que o candidato tenha com a cultura da empresa. A boa formação acadêmica é um requisito indispensável, o entusiasmo é fundamental e é importante ter pessoas de bem com a vida, aquelas que acordam bem-humoradas, que venham trabalhar com propósito, pois sabem que estão contribuindo com a missão da empresa.

WJ: Qual a principal dor em recrutar jovens?

CO: A única dificuldade no recrutamento e na contratação de jovens é a formação acadêmica completa, requisito indispensável.

WJ: Que dica você daria para quem está começando em uma carreira de Recursos Humanos?

CO: Buscar sempre o conhecimento generalista, mesmo que a sua opção de carreira seja por uma posição especialista. Eu acredito que você sempre deva ampliar seu conhecimento na área, sempre conhecendo mais pessoas e aprendendo a lidar com cada uma delas. E principalmente: é preciso gostar de gente.

WJ: Uma última pergunta: como você vê a chegada de novos players no Brasil?

CO: Vejo como positiva para o mercado e principalmente para os clientes, que estão sempre atentos a quem lhes possa oferecer uma melhor experiência de compras. Para os concorrentes, fica a mensagem de busca constante pela excelência.

 


Cleide Oliveira tem mais de 15 anos de experiência em Negócios de Varejo, Recursos Humanos e no gerenciamento de diversas funções-chave da área de RH RH, incluindo a criação e aplicação de políticas e procedimentos, programas de treinamento e desenvolvimento, recrutamento, comunicação interna, avaliações anuais de desempenho, Gestão de Diversidade, Inquéritos de Contratação de Empregados e Programas de Trainee. Atualmente, Cleide desenvolve e gerencia a Aquisição de Talentos, Cultura / Diversidade / Inclusão, Comunicação Interna e trabalha também junto ao  Desenvolvimento de Lideranças que apoiam a execução de estratégias de negócios e aprimoram o desempenho do negócio.

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